Biografia.


Carlos Alberto de Oliveira, artista plástico hamburguense - 
Filho de operário em Curtume, nasceu em Novo Hamburgo no ano de 1951, onde cursou o primário. Gosta de desenhar desde menino, obteve uma bolsa para estudar arte e fez curso de cortador de calçado no Senai.






Participou do movimento Casa Velha ao lado de 
Flávio Scholes (idealizador) e Marciano Schmitz 






1977 - CASA VELHA
Novo Hamburgo vivia a explosão da indústria do calçado. Era um paraíso! 
Sem a Reforma Agrária, a oferta de mão-de-obra trouxe milhares de pessoas, 
vindas principalmente do campo. Estas começaram a inchar as cidades, 
criando os cinturões de suas periferias. 
O vale, culturalmente, vivia o romantismo trazido em 1824, quando era 
vanguarda na Europa. Se ativeram a preserva-lo por 150 anos, até o 
surgimento da Casa Velha - Convívio de Arte! 
O movimento Casa Velha pregava a radicação do artista no lugar de origem, 
para que fizesse uma arte mais identificada com sua região, evitando ir 
para os grandes centros. 
Era preciso muita coragem, mas a região estava madura e ansiosa por 
espaços de arte - uma vez que não havia Centro de Cultura e galerias de 
arte - e apoiou a iniciativa. 
Depois veio a Época dos monumentos, na tentativa de tornar a arte 
acessível ao povo e, com ela, a polêmica, essencialmente política, 
envolvendo o monumento ao Sapateiro e o do Sapato Como Alimento. 
Foram feitas exposições de cartuns, fotografias, vitraux, batik, etc. 
Levamos as exposições às cidades e vilas mais distantes e distintas da 
região. E também foram realizadas entrevistas, palestras, recitais, 
apresentações de jograis e de grupos nativistas, sempre tendo a cobertura 
da imprensa local, principalmente do Jornal NH, com Evania Reichert. 
Os grupos de teatro floresceram e a movimentação em torno das artes foi 
tanta que mexemos demais e muito rapidamente com a mentalidade da região. 
A Casa Velha, como movimento de arte, acabou, tendo durado como tal, até o 
início de 1979. Dois anos, no total( texto Flávio Scholes).






Expôs na Galeria Cavalo Azul, em Novo hamburgo, e em Porto Alegre. 


Passou a desenvolver temas com preocupação social em sua cultura a partir de 1978. 


Em 1983 realizou no Museu de Arte do Rio Grande do Sul grande exposição sobre discriminação do negro: 25 trabalhos, entre pintura e desenho. 


Inicia-se na pintura com inconfundível linguagem pessoal, elaborando formas humanas unidas sobre a superfície da tela no limite da abstração. 


Ganhou diversos prêmios em salões de artes e ao mesmo tempo trabalhava como carteiro em Novo Hamburgo. 


Ao lado de José Antônio da Silva, foi o único pintor brasileiro de fonte popular a ser íncluido na exposição Art in Latin América 1820-1980, com a curadoria de Dawn Ades e colaboração de Guy Brett, Loomis Catlin e Rosemery O`Neill, exibida em vários países da Europa na década de 90. Foi o primeiro de destaque da edição de 2003 da Bienal Naífs do Brasil, organizado pelo Sesc -Piracicaba, com as obras "Carnaval a cavalo" e "Centro da Cidade".